Saúde em Português

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23/11/10

SIDA: Incidência diminui 25 por cento em Moçambique e na Guiné-Bissau e estabilizou em Angola - ONU

No Expresso das Ilhas: "A incidência da SIDA no período 1999/2009 diminuiu 25 por cento em Moçambique e na Guiné-Bissau, e estabilizou em Angola, anunciou hoje a agência das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA).

Aqueles três países são os únicos africanos de língua portuguesa considerados numa amostra de 33, definida pela ONUSIDA para dar substância ao relatório hoje divulgado e denominado "Relatório Global da ONUSIDA - Epidemia de SIDA".

O relatório inclui uma referência a outro país de língua oficial portuguesa, o Brasil, englobando-o no grupo de países que têm "epidemias complexas", que têm referenciados grupos populacionais com diferentes comportamentos de risco.

A referência ao Brasil tem a ver com a diferença geográfica - os outros países incluídos neste item são a China e a Federação Russa -, e ainda ao facto de a avaliação válida para os 33 países ser, neste caso, "altamente complexa", razão pela qual não poderia ser incluída no relatório.

"A ONUSIDA continuará a trabalhar com países e parceiros para melhorar a qualidade da informação disponível e metodologias para incluir os dados de incidência do HIV para mais países em futuros relatórios", destaca-se no documento.

Relativamente aos três países africanos de língua portuguesa referidos, Moçambique merece especial atenção por ter sido, ao longo dos anos, um exemplo apontado da grande prevalência da epidemia.

Segundo o Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre a SIDA, de Moçambique, lançado em Julho passado, 11 por cento dos cerca de 20 milhões de habitantes (dados de 2007) estavam registados como infectados.

A proximidade geográfica do Zimbabué, Suazilândia, África do Sul e Malauí, ajudam a perceber o flagelo que constitui a SIDA em Moçambique.

O facto de o relatório da ONUSIDA apontar Moçambique como um dos países em que a incidência diminuiu 25 por cento constitui o reconhecimento do sucesso das medidas e acções adoptadas naquele país e que sucessivos documentos oficiais dão conta, designadamente o estudo "Impacto demográfico do HIV/SIDA em Moçambique", de Setembro de 2008.

Aquele documento aponta que "o crescimento anual da prevalência varia de 13 por cento, de 2000 a 2001, e de três por cento, entre 2009 e 2010", o que permitiu antecipar uma tendência decrescente da incidência, cerca de 2,2 por cento em 2000 e de 1,6 por cento em 2008."

Fonte: Agência Lusa/Expresso das Ilhas

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