Um grupo de peritos da UNESCO reuniu-se durante cinco dias em Harare, capital do Zimbabwe, para discutir a promoção do ensino da História de África a partir da perspectiva dos povos do próprio continente. O objectivo é o desenvolvimento de conteúdos pedagógicos comuns para o uso nas escolas africanas.UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – promoveu um encontro entre especialistas de cerca de 35 países africanos e diáspora, procurando desta forma criar condições para o desenvolvimento de conteúdos pedagógicos comuns para a sua futura aplicação nas escolas do continente.
Por agora, a reunião pretendeu definir metodologias, equipas de trabalho e um plano que permita dar prosseguimento a este objectivo. Grande parte do ensino da História de África – dentro e fora do continente – tem ainda uma visão fortemente europeísta.
Brasil lidera ensino de História de África
O Brasil é pioneiro na produção e difusão do ensino da História e Cultura africana no sistema educativo. A lei – que vem de 2003 – diz respeito ao ensino pré-escolar, primário e secundário, tornando-o no primeiro país a inserir estes conteúdos programáticos nestes ciclos escolares.
Apesar do desafio que representou esta medida – devido em muito a uma preparação inadequada dos professores nesta matéria e às dificuldades inerentes a um desenvolvimento real de uma nova cultura escolar -, os resultados começaram a surgir, resultando no projecto//documento “Brasil – África: Histórias Cruzadas”.
Este projecto procura identificar as questões essenciais criadas por esta viragem, monitorizando a aplicação da lei e elaborando estratégias para a realização de políticas públicas adequadas. A produção e disseminação de conhecimentos sobre a História e a cultura de África são também parte integrante dos objectivos gerais.
Fonte " A Semana"
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