No Portal Digital - África 21 : "Addis Abeba - O antigo Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, lançou um apelo à comunidade internacional para que ajude rápido e eficientemente as populações assoladas pela fome no Corno de África, anunciou quarta-feira a União Africana (UA).
O apelo de Lula da Silva responde a uma solicitação a ele endereçada pelo presidente da Comissão da UA (CUA), Jean Ping, para mobilizar a comunidade internacional neste sentido.
"Gostaria de lançar um apelo aos parceiros multilaterais, aos Governos, a entidades e a todas as personalidades no mundo para que cooperem com os nossos irmãos e irmãs do Corno de África, a fim de impedir a fome, a doença e a morte, e encontrar uma solução duradoura para evitar este género de tragédias", disse Lula numa declaração.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) considera que cerca de dois biliões e 500 milhões de dólares americanos são necessários, todavia meses de apelos não permitiram até agora mobilizar sequer a metade do montante.
"...Esta mobilização deve ser um alerta para os parceiros multilaterais para encontrarem 0vias e meios de impedir a propagação deste género de tragédias", disse Lula, antes de acrescentar que "a prioridade deve ser dada à luta contra a fome, a miséria e ajudar as comunidades a encontrarem soluções. Esta missão é da responsabilidade de toda a humanidade".
"Não podemos ignorar a situação desastrosa da população do Corno de África, causada pela pior seca que surgiu na região desde 1950. Milhões de pessoas estão confrontadas com a fome e as suas vidas estão em perigo. Na Somália, a crise é mais séria devido à insegurança institucional e aos conflitos internos", acrescentou Lula.
Por sua vez, Jean Ping reiterou o seu apelo a todos os Estados membros da UA e a parceiros para que redobrem de esforços na luta contra a crise humanitária, nomeadamente na Somália.
A ausência de chuvas, os conflitos e a má governação e o aumento global dos preços dos produtos alimentares culminaram na pior fome que flagela 14 milhões de pessoas no Corno de África num espaço de um meio século".
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