Assinala-se hoje, 1 de Dezembro, o Dia Mundial de Luta contra a Sida, instituído em 1989 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Elegeu-se o 1 de Dezembro porque o primeiro caso de sida foi diagnosticado neste dia, em 1981.
A ideia de dedicar um dia à luta contra a sida no mundo surgiu na Cimeira Mundial de Ministérios da Saúde de 1988. Desde então, a iniciativa seguiram-na governos, organizações internacionais e de caridades de todo o planeta.
A comemoração da data tem como objectivo despertar os estados, os governos e as sociedades civis das nações, ante o perigo que o flagelo representa, tendo em conta a natureza da infecção e a capacidade da sua rápida propagação entre as populações e as comunidades.
A reflexão em torno da efeméride remete a sociedade para o incremento de acções multiformes e a todos os níveis, que visam atenuar o impacto da pandemia entre as populações, sobretudo as mais carenciadas.
Entre essas acções, se destacam o encorajamento para a adesão permanente aos ATR (Anti-Retrovirais), a necessidade do apoio psicossocial às PVVS (Pessoas Vivendo com o VIH e Sida) e o repúdio contra as manifestações de estigma e descriminação às PVVS e contra a infecção dolosa.
Apesar das dificuldades que continuam a subsistir, vários países de rendimento baixo ou médio conseguiram alargar sensivelmente o acesso aos serviços de cuidados do VIH/Sida., segundo o relatório, intitulado “Towards Universal Access”, publicado ano transacto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/SIDA (ONUSIDA).
“Países de todas as regiões do mundo dão-nos a prova de que o acesso universal é possível”, afirmou Hiroki Nakatani, Sub-director-geral da OMS responsável pelo VIH/Sida, tuberculose, malária e as doenças tropicais negligenciadas.
Segundo o documento, em 2009, 5,25 milhões de pessoas tinham acesso ao tratamento do VIH nos países de rendimento baixo ou médio, o que representa 36% das pessoas que necessitam do tratamento.
Trata-se de um aumento de mais de 1,2 milhões de pessoas em relação a Dezembro de 2008, o maior aumento registado num ano.
Segundo o relatório, o acesso aos serviços de prevenção da transmissão mãe-filho “não parou de melhorar”. À escala mundial, a proporção de mulheres grávidas que tem necessidade desse tipo de serviços e que dele beneficiou atingiu a taxa recorde de 53%, em 2009.
Mas ainda há muitas mulheres grávidas e recém-nascidos que não têm acesso a essas intervenções em tempo útil, precisa o relatório.
A cobertura mundial das crianças seropositivas pelo tratamento era de 28%, em 2009, mas esta taxa é inferior à registada entre os adultos, que é de 36%. Apenas 15% dos filhos de mãe seropositiva beneficiam de serviços de diagnóstico adaptados para os lactentes.
“Por dia, mais de mil crianças são contaminadas pelo VIH durante a gravidez, o parto ou o aleitamento, quando sabemos como o evitar”, lamentou o Chefe do Departamento dos Programas VIH/Sida da UNICEF, Jimmy Kolker.
Em conclusão, os peritos da OMS, da UNICEF e do ONUSIDA recomendam à comunidade internacional que “renove os compromissos políticos e financeiros em prol do acesso universal aos serviços de prevenção, tratamento e de cuidados do VIH/Sida”.
Segundo o relatório, quase 34 milhões de pessoas no mundo são portadoras do vírus HIV, e cerca de 2,7 milhões de novas infecções ocorrem por ano.
Fonte: Angop
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