Não fazemos gala, espectáculo em sala ou passagem de modelos.
Não temos capacidade e recursos económicos para dispender.
Com um euro, vacinamos duas crianças na Guiné-Bissau, para onde vamos partir. Com 8 cêntimos compramos 1 seringa descartável, 1 tratamento de diarreia custa 25 cêntimos; com 50 cêntimos compramos 1 litro de óleo ou 1 Kg de açúcar, com 15 euros compramos um saco de arroz de 50 Kg. Palavras e actos. Sendo assim, o que faremos hoje?
1 – Continuaremos a preparar a equipa que vai desenvolver mais 3 anos de saúde em Bafatá, na Guiné.
2 – Continuaremos a cuidar da saúde em Coimbra, proporcionando condições de acesso a doentes evacuados dos países africanos de língua portuguesa.
3 – Continuaremos a elaborar projectos de intervenção com os municípios das regiões mais desfavorecidas do Brasil, na região da Amazónia, Piauí, Pernambuco.
4 – Continuaremos o I Curso de Formação de Voluntariado, prepararemos o Encontro de Análises Clínicas e Saúde Pública, organizaremos nova candidatura a entidade formadora reconhecida.
5 – Continuaremos as nossas campanhas-abraço de angariação de associados, assinantes solidários da nossa revista, recolha de tinteiros e toners, postais de Boas Festas e serigrafias, difusão de Canto e Lágrimas em Terra Quente e Tchuba na Desert em apoio a Cabo Verde, apelo a donativos.
6 – Continuaremos a cooperação internacional juvenil, organizando a próxima equipa de nove voluntários para a Polónia, em prol da cidadania activa, num projecto da reutilização do lixo em arte.
7 – Continuaremos a organizar a Saúde em Português, para melhor prestar o nosso serviço, verdadeiramente público e pouco notório, em fase de criação de Saúde em Português - Açores
8 – Teremos reuniões com candidatos a voluntários, contactos com instituições, contas para pagar, e espírito de equipa sempre a reforçar.
9 – Continuaremos a trabalhar nos nosso projectos de telemedicina para Cabo Verde, escolas geminadas em países lusófonos, melhoria das condições de saúde das migrantes em Coimbra, etc.
10 - E o que mais o tempo nos permitir, a voz não nos doer, as mãos não nos limitem, o sonho não se deixe vencer.
11 – E continuaremos a trabalhar por todos os que falam português, sem descurar a nossa função de médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde, educação e demais áreas de labor.
12 – E, ainda, inauguraremos hoje, neste dia especial para nós, uma exposição / venda de pintura solidária no Auditório da Livraria Bertrand, no Centro Comercial Dolce Vita, em Coimbra, pelas 19 horas, que permanecerá até ao dia 30 de Outubro, aberto diariamente, das 10 às 24 horas. São pintores solidários António Alves e Manuela Pinheiro (de Portugal), Elisa Schneble (americana de ascendência caboverdiana) e Tchalê Figueira (de Cabo Verde).
É muito trabalho para um dia. É apenas mais um dia…
Mas podem crer que os voluntários têm uma vida extraordinária.
De facto, Saúde em Português não mudará o mundo, mas continuará a lutar pelas suas ideias responsáveis, pela solidariedade e pela Comunidade dos Países (Povos) de Língua Portuguesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário