O Ministro moçambicano da Saúde, Ivo Garrido, reiterou a necessidade de se reflectir, a nível do sector que dirige, acerca dos avanços já alcançados no âmbito do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs), para perspectivar melhor as actividades seguintes.O colectivo do Ministério da Saúde (MISAU) avaliou os resultados que o sector da saúde conseguiu em relação aos objectivos Quatro e Cinco, designadamente a Redução da Mortalidade Infantil e a Melhoria da Saúde Materna.
Em Moçambique, à semelhança de muitos países em desenvolvimento, três quartos das mortes maternas, são resultantes de causas evitáveis. Segundo dados colhidos no Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS 1997/2003) a taxa de mortalidade materna reduziu de 692 em cada 100 mil nados vivos, em 1997, para 408 em igual número de nados vivos. A mortalidade infantil baixou de 145 para 124 em cada mil nados vivos. Não obstante a evidente redução das taxas de mortalidade, conforme os dados do IDS, cerca de 11 mulheres morrem por dia e 3.840 morrem anualmente, em Moçambique, por causa de complicações de gravidez e parto.
Em 2008, especialistas ginecoobstetras e pediatras técnicos “padrinhos” efectuaram visitas de supervisão e apoio técnico a todas províncias, onde fizeram um levantamento geral da situação da saúde materna neo-natal e infantil. As visitas permitiram identificar os diversos problemas que contribuem para as elevadas taxas de mortalidade materna neo-natal e infantil a nível das unidades sanitárias. Constam dentre esses problemas as normas e protocolos desactualizados ou inexistentes, a falta de supervisão técnica em quase todas as unidades sanitárias. A falta e conhecimentos na área de gestão do programa de saúde materna e infantil, as frequentes rupturas de reagentes para o diagnóstico de doenças como a sífilis, HIV e a malária, a falta de medicamentos essenciais e a exiguidade dos recursos humanos são outros problemas constatados.
O encontro dirigido pelo titular da pasta da saúde contou com a participação de directores provinciais, directores nacionais adjuntos, técnicos do departamento da saúde da mulher e criança entre outros convidados.
Informação daqui.
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