Saúde em Português

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Instituição de Utilidade Pública de Portugal; Registo 1423/99 do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal; Membro da Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento; Membro Associado da Confederação Ibero Americana de Medicina Familiar; Membro Observador Consultivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa; Membro do Fórum Não Governamental para a Inclusão Social

19/02/09

Moçambique: Quadros da saúde debatem aceleração do cumprimento dos ODM

O Ministro moçambicano da Saúde, Ivo Garrido, reiterou a necessidade de se reflectir, a nível do sector que dirige, acerca dos avanços já alcançados no âmbito do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs), para perspectivar melhor as actividades seguintes.

O colectivo do Ministério da Saúde (MISAU) avaliou os resultados que o sector da saúde conseguiu em relação aos objectivos Quatro e Cinco, designadamente a Redução da Mortalidade Infantil e a Melhoria da Saúde Materna.

Em Moçambique, à semelhança de muitos países em desenvolvimento, três quartos das mortes maternas, são resultantes de causas evitáveis. Segundo dados colhidos no Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS 1997/2003) a taxa de mortalidade materna reduziu de 692 em cada 100 mil nados vivos, em 1997, para 408 em igual número de nados vivos. A mortalidade infantil baixou de 145 para 124 em cada mil nados vivos. Não obstante a evidente redução das taxas de mortalidade, conforme os dados do IDS, cerca de 11 mulheres morrem por dia e 3.840 morrem anualmente, em Moçambique, por causa de complicações de gravidez e parto.

Em 2008, especialistas ginecoobstetras e pediatras técnicos “padrinhos” efectuaram visitas de supervisão e apoio técnico a todas províncias, onde fizeram um levantamento geral da situação da saúde materna neo-natal e infantil. As visitas permitiram identificar os diversos problemas que contribuem para as elevadas taxas de mortalidade materna neo-natal e infantil a nível das unidades sanitárias. Constam dentre esses problemas as normas e protocolos desactualizados ou inexistentes, a falta de supervisão técnica em quase todas as unidades sanitárias. A falta e conhecimentos na área de gestão do programa de saúde materna e infantil, as frequentes rupturas de reagentes para o diagnóstico de doenças como a sífilis, HIV e a malária, a falta de medicamentos essenciais e a exiguidade dos recursos humanos são outros problemas constatados.
O encontro dirigido pelo titular da pasta da saúde contou com a participação de directores provinciais, directores nacionais adjuntos, técnicos do departamento da saúde da mulher e criança entre outros convidados.


Informação daqui.

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