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20/04/12

Escritor Baltazar Lopes da Silva lembrado em Lisboa pelo 105º aniversário de nascimento



No Expresso das ILhas: 'O escritor, advogado, filólogo e professor cabo-verdiano Baltazar Lopes da Silva, falecido em Maio de 1989, será homenageado sexta-feira em Lisboa, numa iniciativa da Associação Cabo-verdiana de Lisboa.
Em convite enviado à agência Inforpress, a organização refere que evento, enquadrado no 105º aniversário do nascimento do escritor, vai incluir uma conferência sobre "Baltazar Lopes da Silva, Filólogo e Ensaísta em Linha Recta", proferida pelo professor Alberto Carvalho.

Filólogo, poeta e ficcionista cabo-verdiano, Baltazar Lopes da Silva nasceu em 1907, na Vila da Ribeira Brava, ilha de S. Nicolau, e iniciou, no seminário da mesma localidade, os estudos secundários, que terminou em S. Vicente.

Licenciado em Direito e Filologia Românica, com excelentes classificações pela Universidade de Lisboa, voltou para Cabo Verde e ingressou como professor no Liceu Gil Eanes, de S. Vicente, sendo mais tarde nomeado reitor do mesmo estabelecimento.

Em 1936, fundou, juntamente com outros intelectuais cabo-verdianos, a revista literária Claridade, onde colaborou assiduamente, na companhia de escritores como Manuel Lopes, Manuel Ferreira, António Aurélio Gonçalves, Francisco José Tenreiro, Jorge Barbosa e Daniel Filipe.

Filólogo, poeta, professor, novelista e ensaísta, Baltazar Lopes, além de ter diversos contos publicados em várias revistas, publicou também muitos poemas sob o pseudónimo de Osvaldo Alcântara. Esta produção poética está justamente representada em várias antologias.

Em 1947, publicou o seu primeiro romance, "Chiquinho" , que retrata, com uma autenticidade e um realismo muito fortes, a força dramática do povo cabo-verdiano, revelando gentes, costumes, problemas íntimos e familiares, paisagens, solidão e angústia. Por isso, esta é considerada uma obra de profunda densidade poética cujas melhores páginas identificam Baltazar Lopes com alguns dos maiores escritores de língua portuguesa, tais como Graciliano Ramos, José Lins do Rego ou mesmo Jorge Amado.

Tido pela crítica como sendo "um escritor crioulo e consciente da sua posição de homem posto perante os grandes problemas da sua época", organizou uma Antologia da Ficção Cabo-Verdiana, tendo, em 1956, publicado o folheto polémico "Cabo Verde visto por Gilberto Freyre" e, em 1957, "O Dialecto Crioulo de Cabo Verde".'

18-4-2012, 14:32:29
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas

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