O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, voltou hoje a apelar aos militares da Guiné-Bissau para libertarem o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro e candidato às eleições presidenciais Carlos Gomes Júnior.
"Faço de novo um apelo aos nossos irmãos na chefia militar na Guiné-Bissau para de imediato libertarem o Presidente interino e o primeiro-ministro Carlos Júnior e todos os outros elementos que porventura estejam presos", afirmou à agência Lusa o Presidente timorense.
Segundo José Ramos-Horta, não há vantagem nenhuma para o comando militar em manter os dois detidos, porque não são uma ameaça.
"Não há o maior interesse, não há vantagem nenhuma para o comando militar, não há justificação, não há ameaça por parte do Presidente interino e do primeiro-ministro em relação à junta militar", afirmou, salientando que com a sua libertação os militares só têm a ganhar.
Para José Ramos-Horta, com a libertação dos dois os militares ganhariam a "boa vontade da comunidade internacional", salientando que os problemas de fundo discutem-se depois.
O Presidente timorense pediu também aos militares guineenses para além de libertarem as pessoas detidas, reporem a legalidade constitucional, os direitos e liberdades fundamentais consignados na Constituição e nas declarações internacionais e para cooperarem com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Nações Unidas.
Jornal DN Globo, Lusa
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