
O Prémio Camões Arménio Vieira, envolvido na capa negra dos doutores de Coimbra, disse poesia no espectáculo de homenagem à cidade de Ribeira Grande de Santiago, Património da Humanidade, que aconteceu sexta-feira, 24, no Cinema S. Jorge. Celina Pereira, enquanto interpretava “Lua nha testemunha”, saiu do palco, dirigiu-se à plateia e entregou o microfone ao Bana, o que levou o público ao rubro.
No S. Jorge, numa cerimónia com muitos convidados e entidades oficiais, o presidente da UCCLA, Miguel Anacoreta Correia, recordou a importância do momento celebrativo e apelou ao público para que coopere com um donativo para a Cidade Velha, pois há muito trabalho por fazer (foi dado a cada pessoa um envelope para o efeito). Por sua vez, o Presidente da Câmara da Ribeira Grande de Santiago, Manuel de Pina, agradeceu o momento ímpar.
No espectáculo actuaram as “Batucadeiras Voz de África” (Saúde em Português teve, em 2008, o prazer de ter este grupo presente na apresentação de Tchuba na Desert em Odivelas), o cabo-verdiano António Almeida e o grupo coral de doutores “Alma de Coimbra”, que juntos interpretaram “Sodade”. Mas a grande estrela da noite foi Celina Pereira que, com um filme sobre a Cidade Velha como cenário e trajando de preto com um pano di terra sobre o ombro, dominou o palco com o seu espectáculo “Mornas e Fados”.
“Alma de Coimbra”, da cidade dos estudantes, como Saúde em Português, avulta o propósito de divulgação de poetas, autores e intérpretes portugueses ou de fala portuguesa, no País como além-fronteiras: seja em Países de expressão oficial portuguesa, seja naqueles em que a presença lusa se fez sentir no passado, seja junto das nossas Comunidades dispersas pelo mundo, seja em Países com que Portugal mantém relações de afinidade e/ou cordialidade, que importa estreitar e reforçar. É, nessa medida, assumidamente, um projecto ao serviço da cultura portuguesa e, com a mesma determinação, de defesa dos valores e dos ideais da Lusofonia.
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